Revista Digital
Edição #
29
14 de mar. de 2025
à
20 de mar. de 2025

O Trabalho de Mar de 2025, realizado pelo Terreiro de Umbanda Vovó Benta, aconteceu no último domingo e foi pra lá de especial! Contamos com uma participação em massa em 2025. Foram quatro ônibus, transportando 200 passageiros, além das mais de 60 pessoas que foram de carro para nossa sede no litoral. Também recebemos nativos, turistas e visitantes, totalizando cerca de 400 pessoas.
A gira começou às 15h30min, em um dia lindo - que mesmo nublado, não apresentou excessos de chuva. “Uma gira linda, na qual tudo se encaixou perfeitamente, com a presença de todas as linhas. Uma grande festa, uma linda confraternização entre os espíritos encarnados e desencarnados!”, destaca Mãe Lilian de Iemanjá, dirigente do TVB. Mais do que a realização da gira no reino dos orixás, o Trabalho de Mar é também oportunidade para um grande desenvolvimento e confraternização para todas as correntes que compõem a família TVB.
A finalização dos trabalhos ficou por conta da força dos Exus, com a proteção de todo o povo da Quimbanda. Chegaram junto ao anoitecer, que nos brindou com a luz da lua cheia. “O retorno foi abençoado e todos chegaram em casa, em segurança e com a alma lavada, com as bênçãos do mar”, finaliza Mãe Lilian.
Giras
Gira de Segunda (Mãe Lilian)
Depois da gira na Ilha do Mel, retornamos carregados de muita energia de todos os Orixás para mais uma semana de trabalhos. Mãe Lilian reforçou a importância do Trabalho de Mar no momento da reflexão do dia, e já deixou o convite para um possível encontro de inverno no meio do ano, animando a todos. A corrente de segunda-feira contou com a presença da Mãe Luane de Iemanjá como Samba, no canto junto à Engoma. Também com o reforço da presença da Mãe Luana de Xangô auxiliando nos trabalhos. Seu Curumataí chegou e trouxe a todos sua energia e força, com determinação e entrega de todos aos trabalhos da gira. Um trabalho com toda vitalidade e objetividade de Ogum que reverberou no bate folhas com os caboclos de Oxossi, seguido das bênçãos dos Pretos Velhos e a alegria e amor dos Erês. Gira de Caboclos na segunda parte, mas mais uma vez com o brilho e amor da presença de Vó Benta - que veio para atender a todos que precisavam de suas palavras de acolhimento e orientação. Nos atendimentos de toco, os Caboclo de Oxóssi trouxeram toda a sua energia e vitalidade. Para aqueles que estavam em busca de atendimento para as famílias, também foram acolhidos com a energia de Oxóssi e Jurema. Após a finalização dos atendimentos, Vó Benta solicitou que os filhos da corrente aproveitassem a oportunidade para desenvolvimento com as linhas Neutras. Ela também nos chamou a refletir sobre a importância do 'Pedir Ajuda', seja em qual situação for. Devemos ter a humildade para admitir que precisamos e nos abrir para pedir e receber essa ajuda. Aquele que se omite em pedir ajuda, esconde nessa situação o orgulho de querer ser sempre superior ao próximo, e isso é uma questão que precisa ser compreendida como um grande desafio a ser superado. Assim também podemos acabar nos omitindo por preguiça, o que demonstra um grande desleixo com o seu próprio crescimento e desenvolvimento. Já o extremo oposto é uma situação muito delicada, pois existem aqueles que se tornam tão "pedidores" que acabam usurpando. O usurpador é aquele que acaba sendo uma espécie de “vampiro” ou sanguessuga energético e emocional dos outros. Cria uma dependência que desgasta a todos e com isso não se permite desenvolver e crescer com autonomia e confiança em si próprio. Por fim, com essa grande lição deixada, Vovó Benta encerrou os trabalhos, espalhando seu amor e ensinamentos com a fumaça de seu cachimbo. Saravá a Vovó Benta! 👵🏾🌿
Gira de terça-feira (Mãe Cristina)
Por conta de uma emergência, Pai Gustavo de Oxóssi não conseguiu estar presente. Mãe Cristina de Iansã conduziu os trabalhos na gira voltada aos animais, abrindo os trabalhos com o rito inicial. Para a vibração das Sete Linhas, S. Girassol e S. Flecha Dourada chegaram em terra, com toda a força dos caboclos de Oxossi. A linha do Povo do Oriente trabalhou a cura dos pensamentos acelerados, das angústias e dos medos que carregamos. Sua paz e sabedoria abraçaram o terreiro, trazendo calma e paz interior para os assistidos. As forças de Oxum e Iemanjá também estiveram presentes, atuando na limpeza espiritual. Par fechar os trabalhos da primeira parte, as caboclas Jurema chegaram, com força e sagacidade. Na segunda parte, Vovó Benedita conduziu a gira de Ciganos e Boiadeiros - espíritos que atenderam os consulentes em suas questões pessoais e espirituais 🏕️🐂
Gira de Quinta-Feira (Mãe Lilian)
A gira de quinta-feira iniciou com a reflexão sobre sermos turistas da nossa própria vida. Quantas pessoas perdem tempo e energia preocupados com a vida do outro? O seu projeto de vida acaba sendo inexistente, não tendo base e nem fundamento para o que se vive hoje. Preocupar-se com o que os outros pensam e falam sobre você te distancia da sua essência. Existem pessoas que, mesmo com pouca idade, possuem uma evolução que os fazem entender e viver de maneira mais efetiva a sua existência, como também existe o oposto. Pessoas com idade avançada que ainda insistem em repetir os padrões e seguem sem saber para que vivem. Não existe um manual da vida, quem constrói essa caminhada somos nós mesmos, organizando projetos que nos conduzem para um equilíbrio. E esse movimento só acontece quando pensamos no que realmente queremos. É necessário parar para refletir sobre a sua própria vida, identificando qual fase se vive e organizando estratégias para ser melhor a cada dia. “Somos os autores da nossa história, e o nosso projeto de vida precisa de determinação, coragem, amor próprio e fé”. Após o rito inicial, com a chegada do S. Curumataí aconteceu a vibração e defumação. Nesta noite, 32 pessoas foram atendidas em cirurgias espirituais. Ao final dos trabalhos, o chefe do nosso Congá nos presenteou com uma conversa franca e instrutiva. Em sua fala, evidenciou a importância de estarmos em pensamentos e sentimentos em sintonia com os trabalhos, despertando a vida. Existem diversas formas de se fazer isso: um abraço, um sorriso, ouvir mais que falar, o acolhimento. “O silêncio muitas vezes e um olhar brando de ternura diz muito mais que um dia inteiro falando”. Orientou sobre a importância de aprendermos a nos ouvir, somente assim poderemos ter paciência e amorosidade para ouvir os outros. Devemos cuidar de nossas palavras, destinar aquelas que tem boas intenções e não pedem nada em troca. É necessário entender que o poder de Deus está em nossas mãos, em nosso coração e na nossa consciência. “Aprenda a se amar, permita-se ser amado. Só assim saberá amar os outros”. Finalizou a sua fala nos orientando a aprender a ser luz, a despertar vidas, começando com a nossa. Após o intervalo os trabalhos iniciaram na força dos Exús e Pombagiras, com a chegada de Dona Maria Padilha das Almas. Foram atendidas 60 pessoas que buscaram auxílio e orientação espiritual. Dona Maria Padilha veio em terra, mais uma vez, trazendo orientações sobre o amor. Primeiramente o amor próprio, não existindo a hipótese de transferir para outra pessoa essa função. Orientou que devemos entender a nossa força, que não é pouca, e está dentro de nós. Orientou ainda que precisamos descobrir o nosso amor maior pela nossa existência, pelo que somos e sabemos. Juntamente com o S. Caveira, fez um acordo com todos, que estariam sempre dispostos a auxiliar homens e mulheres, ensinando ainda uma entrega. Velas pretas, chocolates, cigarrilhas, vinho tinto e verdade. Finalizou reforçado sobre a importância de descobrir-se quem é e se amar, verdadeiramente. “Se você não se amar, se você não vê em você algo apaixonante, porque alguém iria te amar?” 🌹🖤
Gira de Sexta-Feira (Mãe Luana)
Projetos esportivos
Dança do ventre
A aula da semana teve como tema a junção de movimentos secos em diferentes direções para compor novas sequências. As alunas também ensaiaram uma música, que será apresentada nos próximos eventos. Novidades a caminho! 💃🏼
Dança cigana
Nossas alunas da Dança Cigana Artística seguem com os ritmos e encantos dessa arte. Mais uma aula com ritmos dançantes e muita descontração! Já fluindo a energia da festa de abril!🌹
Projetos terapêuticos
Terapias integrativas
Uma nova semana de atendimentos no Espaço Terapêutico Pai José! Na quarta-feira, a equipe Capim-Limão, com seus 15 terapeutas voluntários, atenderam 33 pessoas presencialmente e quatro à distância - além de dois pets. E você sabia que os animais também podem receber as terapias integrativas e complementares? Aproveite a visita e traga seu pet para esse momento de reflexão e autocuidado junto com você! 🪻🍋
Projetos sociais
Xepa e Feira Solidária
Você sabia que a Xepa e a Feira Solidária são projetos que caminham juntos? Um não existe sem o outro. É a coleta com nossos feirantes parceiros que garante alimentos de alto valor nutricional para nossa comunidade! No último fim de semana de trabalho, nossos 13 voluntários se distribuíram entre coleta, separação e entrega dos alimentos que são entregues (em sua maioria) para as famílias que participam toda semana fazendo sua feira nos pontos de distribuição. Confira os números da semana 🍆
Total Coleta Xepa Solidária - 717,80kg, sendo:
🥬Destinado à Feira Solidária: 632,10kg
🍽️ Destinado à cozinha: 6,0kg
♻️Destinado à compostagem: 79,70kg
Marmita Solidária
A Cozinha da Vó não para! Sempre com muito carinho, nossos voluntários preparam refeições ricas em amor e nutrientes para alimentarem o corpo e o espírito de todos aqueles que precisam. Venha ser um voluntário do projeto! Seja na preparação, empratamento ou entrega, sua ajuda é mais do que bem-vinda. Procure a Secretaria TVB e saiba mais como participar 🍽️
Projetos culturais
Projeto X
Tarde de planejamento com o grupo de jovens para novas produções audiovisuais que serão realizadas pelo grupo. A ideia é mostrar a fé, refletindo sobre si e explorando linguagens de comunicação diferentes. O que será que vem por aí?! 💡
Biblioteca Pai José
Toda semana, uma sugestão de livro indicada por um filho TVB para você. Nesta semana, a indicação especial é da Mãe Lilian de Iemanjá: a obra A Morte é uma Festa. Ritos Fúnebres e Revolta Popular no Brasil do Século XIX, de João José Reis. Em 1836, uma multidão destruiu o cemitério do Campo Santo em Salvador. Inaugurado três dias antes, ele foi construído por uma empresa que obteve do governo o monopólio dos enterros na cidade. Até aquela data, as pessoas eram enterradas nas igrejas, costume considerado essencial para a salvação das almas. A rebelião contra o cemitério foi feita por centenas de manifestantes em defesa de uma vida melhor no outro mundo. Para entender o episódio ― que ficou conhecido como revolta da Cemiterada ―, o historiador João José Reis realizou uma pesquisa, que revela, com riqueza de detalhes e acurada sensibilidade intelectual, as atitudes de nossos antepassados em relação à morte e aos mortos. O livro foi vencedor do prêmio Jabuti em 1992 como Melhor Ensaio e Biografia.
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