Gira de Segunda (Mãe Lilian)

Tivemos a presença de Mãe Luane de Iemanjá e Pai Rafael de Ogum, além de Mãe Luana de Xangô e Pai Gustavo de Oxóssi com seus filhos da gira de sexta-feira. Mãe Lilian trouxe uma Reflexão sobre três tipos de pessoas: as que não se empenham, as que fazem o 'necessário' e as que sempre querem fazer além. Nenhuma delas é melhor que a outra, o importante é sempre buscar um equilíbrio entre as três personalidades, sem julgamentos, buscando sempre o certo em todas as áreas de nossa vida. Iniciados os trabalhos da gira, Seu Curumataí conduziu com muita energia e trouxe em terra Seu Tucumã para fortalecer os trabalhos dos caboclos no passe e bate-folhas. Quase na finalização do momento, Vó Benta veio para trazer um maravilhoso ensinamento. Apagou todas as luzes do terreiro e na penumbra das velas do conga, trouxe um abraço espiritual dos Pretos Velhos a cada um ali presente. Partilhou a luz de sua vela com todos presentes na ferradura, da reza e das oração feitas com o coração. Iniciou uma benção com as Sete Linhas com Mãe Luane cantando uma por vez, enquanto Vó Benta nos ensinava sobre as forças de cada linha. Finalizou destacando a importância da oração sincera que vem do coração e da alma, e não somente por uma reza de palavras decoradas. Rezou com muito amor e fervor por todos. Após a finalização da primeira parte, seguimos para os trabalhos com Seu Tranca Ruas das Almas - que trouxe seu compadre de trabalho, Seu Caveira. Em seguida chamou os demais Exus e Pombas Giras para os atendimentos. Ao final, Seu Tranca Ruas falou sobre a prosperidade e explicou sobre sua origem judaica. Aproveitou para contar rapidamente sobre uma vivência passada de Mãe Lilian como judia, na época da segunda guerra mundial, como costureira. Finalizou chamando a todos para dançarem juntamente com ele e Seu Caveira em uma grande roda ao estilo da cultura judaica e em meio a toda essa alegria e vibração, subiram e encerraram os trabalhos dessa noite repleta de histórias, ensinamentos, e muito amor e alegria ✡️

Gira de Terça-Feira (Pai Gustavo)

Seu Ubirajara e Vó Benedita conduziram a gira da última terça, trazendo ensinamentos para assistência e corrente sobre como lidar com o desespero, a ansiedade e a espera desenfreada. Com a firmeza na palavra, como a flecha certeira de Oxóssi, e a doçura nos conselhos de quem caminha com a sabedoria, os espíritos de luz mostraram a importância em tranquilizar os pensamentos agitados no momentos de inquietação. Todas as Sete Linhas estiveram presentes, na primeira e na segunda parte - esta, conduzida pela força dos Caboclos de Ogum e Xangô -  além dos pretos e pretas velhas, que também vieram em terra para o momento de cura 🕯️

Gira de Quarta-Feira (Mãe Luane)

Os Marinheiros são a força das águas e a coragem diante do desconhecido. Caminham como se estivessem no balanço do mar e, por trás do jeito sereno ou, por vezes, brincalhão, carregam uma sabedoria profunda. Eles ensinam que a vida é movimento. O mar nunca fica parado, e nós também não podemos estagnar. Às vezes, enfrentamos ondas gigantes, mas, assim como um bom marinheiro segura firme o leme, precisamos ter fé e seguir em frente. Nada dura para sempre – nem a calmaria, nem a tempestade – e os Marinheiros nos mostram que tudo passa, tudo se transforma.” – pontuou Mãe Luane de Iemanjá em sua reflexão inicial. Ao iniciar a gira, Caboclo do Mar, na força de Iansã, explanou sobre a energia e a importância de manter os pensamentos elevados para o trabalho que viria em seguida. Os atendimentos de maca aconteceram em duas rodadas, com muito axé e carinho. Para finalizar a primeira parte da gira, o guia-chefe colocou uma mãe ao centro para receber atendimento e chamou as Pretas Velhas para esse acolhimento, finalizando com a força de Oxóssi. No segundo momento da gira, uma pescadora na linha de Marinheiro, Julieta, se apresentou, conduzindo os atendimentos e falando sobre os nós da vida. Nem todos devem ou podem ser desatados, pois alguns, como os nós de amor, têm sua grande importância ⛵

Gira de Quinta-Feira (Mãe Lilian)

A gira de quinta-feira iniciou com uma reflexão especial. Com as luzes apagadas, Mãe Lilian de Iemanjá convidou todos a fecharem seus olhos e sentirem, em pé na nossa frente, a figura amorosa do Preto ou da Preta Velha que acompanha cada um de nós. Em um abraço energético, orientou que pudéssemos aproveitar aquele momento absorvendo tudo que é salutar e transformador. Orientou ainda que, em uma conversa mental, pudéssemos nos desvencilhar de tudo que não nos acrescenta, utilizando a força dessa energia para seguirmos determinados nos próximos dias. O ritual inicial aconteceu, seguindo da defumação e vibração com uma assistência numerosa. As cirurgias espirituais tiveram início, atendendo 28 pessoas que foram até a nossa casa em busca de auxílio para cura. Após o intervalo as luzes se apagaram mais uma vez. Sob a orientação da Vó Benta, toda a corrente se deitou no chão, preparando-se para os ensinamentos que viriam. De maneira discreta e silenciosa, Vovó Benta veio em terra riscando seu ponto na força de todos os orixás. Ela já tinha nos avisado que seria uma noite de trabalho diferente, e utilizou a momento para relatar suas vivências quando encarnada. Metaforicamente conduziu sua fala comparando homens e árvores. Assim como nós damos as mãos uns aos outros, as árvores se comunicam por suas raízes. A troca acontece sem brigas ou divergências. Nenhuma árvore produz para acumular seus frutos. Não existe um desejo de ser especial ou maior, elas sabem exatamente o que são e para que servem. Aproveitam o que Deus manda, seja uma chuva intensa ou sol forte. Até mesmo as pragas, que em alguns momentos atrapalham a evolução da árvore, são utilizadas como força. Não discutem as dores pois estão sempre com atenção no Divino. Enquanto não tivermos a sabedoria de uma árvore, iremos correr sem saber o motivo. Não podemos nos comparar, pois somos únicos e diferentes.  “Somos todos árvores, só precisamos sentir Deus como elas sentem. Que possamos confiar no Criador como elas.”  Em sua fala amorosa, ainda nos orientou a valorizaram aquilo que carregamos nas nossas “sacolas” da alegria, lá sempre existe muita coisa boa que a gente acaba esquecendo. Valorizar com gratidão tudo que somos, vivendo o instante. “A hora de orar é agora, de desculpar é agora, de amar é agora...” 👵🏾

Gira de Sexta-Feira (Mãe Luana)

Mãe Luana fez uma reflexão especialmente dedicada ao Dia da Mulher. Muitas vezes, a mulher se dedica a todos ao seu redor, mas acaba se deixando de lado. A pergunta da reflexão é: “Você já se priorizou hoje?” Priorizar a si mesma é cuidar de seu corpo e mente, respeitar seus sentimentos, praticar exercícios e se alimentar de maneira saudável. Existem diversas formas de se cuidar, de se colocar em primeiro lugar e de não aceitar menos do que você deseja. “Se fortaleça, exercite seus direitos e conquistas, honre cada uma delas e sua ancestralidade”. Com os trabalhos iniciados e sob comando S. Serra Negra, os caboclos de Ogum e Xangô em terra trabalham no momento da vibração. Também foram chamadas as energias de Iemanjá, Oxossi, Oxum e Iansã. Na segunda parte da gira, os Pretos Velhos acolheram os consulentes com sabedoria e carinho e o encerramento dos trabalhos foi marcado pela alegria dos Erês 🍭

Gira de Sábado (Mãe Luane)

A gira do último sábado, 8 de março, foi marcada pela união dos filhos, que se reuniram para celebrar a luta das mulheres e essa data tão significativa e especial. Os filhos da corrente se uniram para criar flores de papel e corações de origami, entregues a todas as mulheres e meninas presentes naquele dia. A troca de ideias e experiências durante a confecção das flores e corações fortaleceu ainda mais a união desse grupo e a importância dessa data. Ao entrarem na gira, todas as mulheres e meninas receberam as flores e corações, acompanhados de uma mensagem de felicitações pelo Dia Internacional da Mulher. A cada flor entregue, surgia um olhar surpreso e um sorriso de gratidão, demonstrando a emoção e o carinho gerados por esse gesto simbólico 🌸