Gira de Terça-Feira (Pai Gustavo)

Mais uma noite iluminada com a presença dos pets na gira. A corrente do Caboclo Ubirajara começou a noite com os ritos iniciais de saudação e abertura dos trabalhos. Além da chegada de S. Ubirajara em terra, Vó Benedita e S. Guaraci também esteve presente para conduzir os atendimentos aos animais. Para a vibração das Sete Linhas, a força de Oxóssi e dos Curumins preencheram o Terreiro. As forças de Nanã, Iemanjá e Oxum também emanaram luz para toda assistência. Na segunda parte, S. Sete Encruzilhadas e D. Madalena conduziram os atendimentos aos consulentes com a companhia dos Exus e Pomba Giras. Os Exus Mirins também chegaram para a gira de quimbanda, auxiliando na cura espiritual e passe energético para os assistidos da assistência que não estavam em consultas.

Gira de Quarta-Feira (Mãe Luane)

A gira de quarta-feira desta semana foi iniciada com uma reflexão de Mãe Luane sobre a dor, uma sensação que se faz muito presente nos atendimentos. Contudo, por vezes o desconforto é necessário para nos movermos. Dessa forma, é preciso olhar para a dor e caminhar a partir dela. Só quem a sente pode olhar para a dor e descobrir a melhor forma de direcioná-la. Os trabalhos foram iniciados com a chegada do Caboclo do Mar, que chamou os Caboclos e Curumins para a vibração das Sete Linhas - encerrada pelas Caboclas de Iemanjá. Após, o Povo do Fogo veio em terra para os trabalhos de cura com as macas, dos quais também participaram as Caboclas de Oxum na primeira rodada e Nanã na segunda. Por fim, a primeira parte da gira foi encerrada com a limpeza de Iansã. Na segunda parte, Vó Ana veio em terra para conduzir os trabalhos e nos falar sobre como melhor lidar com a dor. Depois da prosa, chamou os Caboclos de Xangô para atender os consulentes. Terminados os atendimentos, os Caboclos fizeram a firmeza dos Otás (expressão do Iorubá que significa pedra - neste caso, pedras encontradas na natureza), e os trabalhos foram encerrados. Foi mais uma linda gira, atravessada pela transmutação da dor.

Gira de Quinta-feira (Mãe Luane)

Os trabalhos da última quinta-feira foram comandados pela Mãe Luane de Iemanjá. No início da reflexão ela convidou a todos a usarmos os rituais da gira em benefício próprio, conectando-se com as forças e permitindo o auxílio espiritual. Comentou ainda sobre a dificuldade de qualquer processo reflexivo, já que é necessário um processo de autoconhecimento. É preciso criar estratégias para a mudança. Repetimos muitas vezes os ciclos por serem conhecidos, e dessa forma mais cômodos. Não existe uma formula secreta para a mudança, não é uma decisão isolada. Sendo assim, quando se coloca intensão, quando se vive intensamente o momento, a mudança planejada é mais efetiva. As pequenas decisões são as grandes transformações, concluiu Mãe Luane de Iemanjá. Na sequencia os trabalhos iniciaram com a força determinando do S. Caboclo do Mar. Defumação, vibração das sete linhas e os descarregos antecederam as cirurgias espirituais. Após o intervalo a gira direcionou-se para a energia dos Baianos. Dona Maria do Cangaço nos brindou com sua presença e o seu olhar amoroso aos mais necessitados. Ainda que as dificuldades existam, a alegria sempre pode transformar a dura realidade.

Gira de Sexta-Feira (Mãe Luana)

A reflexão levantada por Mãe Luana na última sexta nos faz pensar sobre o quanto o comportamento do outro pode nos influenciar, pois muitas vezes acabamos absorvendo atitudes e falas alheias e nos deixamos afetar. Por isso, quando a atitude de alguém nos incomoda, é essencial estabelecer limites para nos proteger. Saber limitar o quanto o outro pode nos afetar e o quanto podemos afetar o outro também é um ato de autoconhecimento. Desenvolver essa maturidade e paciência é importante para entender que cada pessoa age conforme sua própria consciência e discernimento. Quando surgirem atritos, ao invés de focarmos no comportamento do outro, devemos fazer uma avaliação de nós mesmos, pois saber quem realmente somos nos liberta e nos dá clareza para entender que o comportamento do outro é apenas o reflexo dele mesmo. Após a reflexão e com os trabalhos iniciados e comandados por S. Serra Negra, tivemos passes com Caboclos de Xangô, além das forças de Oxum, Curumins, Iemanjá e Iansã. Na segunda parte, como de costume, Vó Chica nos pediu para compartilhar novidades enquanto passava seu café, que foi compartilhado com todos os demais Pretos Velhos em terra. Após as consultas encerradas, finalizamos os trabalhos com a força e alegria dos Erês.

Gira de Sábado (Mãe Luane)

A gira do último sábado foi conduzida pelo Pai Gustavo de Oxóssi, sob o comando dos guias S. Ubirajara na primeira parte e S. Sete Encruzilhadas na segunda parte, com a participação do Pai Alex e o apoio da Mãe Cris. No início da gira, o Pai Gustavo compartilhou uma reflexão importante sobre o que significa estar perdido e quais caminhos seguir em diferentes aspectos da vida — pessoal, profissional, espiritual e nos relacionamentos. Ele questionou: qual caminho você precisou criar para estar aqui hoje? Como equilibrar todas as áreas da vida? Ressaltou, ainda, a importância de mantermos nossos caminhos alinhados, buscando equilíbrio em todas as áreas, sempre respeitando nossa essência e vontade. Com a abertura dos trabalhos, tivemos o passe com Ogum, seguido pelo momento dedicado à cura emocional e espiritual (chamado de Ferradura de Cura, pois os assistidos sentam-se em banquinhos posicionados em formato de uma ferradura), com Oxóssi, Jurema, Oxum e Erê. Na segunda parte da gira, ocorreram os atendimentos com Exu, finalizando com as energias de Pomba Gira e Exu Mirim. Foi uma gira de grandes aprendizados, proporcionando a todos um encerramento de semana com o coração mais leve.